Em março, os EUA anunciaram os aumentos nas tarifas recíprocas, indicando ser mais um capítulo na reorganização do comércio global do que um ponto final para a nova política tarifária. Esperamos um ciclo de negociações e retaliações, o que deve manter o grau de incerteza elevado. A diferença é que, dessa vez, tal cenário pode levar o fluxo do capital internacional buscar maior diversificação, se afastando do tradicional porto seguro dos ativos dos EUA.
Comparada à guerra comercial de 2018, a atual elevação tarifária é substancialmente maior, abrangendo todos os países com os quais os EUA mantêm relações comerciais. Isso deve causar redução do comércio mundial e, consequentemente, do crescimento econômico. Com relação à inflação, tudo depende do comportamento das moedas, com exceção dos EUA, onde a direção é clara: alta.
Assim, persistem as incertezas sobre os ciclos de cortes de juros e sobre o quanto os desequilíbrios fiscais pressionarão as taxas de juros de longo prazo. No entanto, algumas certezas emergem: a ameaça de estagflação e a necessidade de manter os canais diplomáticos abertos.
Em 5 de abril, a tarifa-base aplicada sobre uma ampla gama de importações é de 10%, com sobretaxas que variam conforme o déficit comercial bilateral com os EUA: 20% para a União Europeia, 24% para o Japão e 34% para a China. Com isso, a tarifa efetiva média saltará para 25%, o maior patamar desde 1909, superando os períodos mais protecionistas do século passado. Essas novas medidas se somam às tarifas já impostas este ano para a China, México, Canadá e setores como automóveis, aço e alumínio.
Analisando os impactos do cenário internacional no Brasil, o aumento da tarifa recíproca dos EUA para 10% sobre os produtos brasileiros foi em linha com a nossa expectativa. Segundo o Banco Mundial, em 2022, a tarifa média dos EUA para produtos brasileiros era de 2,2% enquanto a tarifa média do Brasil para produtos americanos era de 11,3%. Assim, estimamos que a quase igualdade da tarifa média de importação dos EUA à nossa tarifa de importação média, somada ao aumento da tarifa de importação do aço, pode reduzir potencialmente as exportações do Brasil para os EUA em US$ 6,0 bilhões (15% do total exportado de US$ 40 bilhões em 2024). Acreditamos que ainda mais relevante será monitorar o impacto do aumento das tarifas de importação sobre o crescimento chinês. O principal destino das exportações brasileiras tem sido a China. Em 2024, exportamos para China mais que o dobro do que exportamos para a área do Euro, o segundo maior parceiro comercial.
No cenário doméstico, a aprovação da Lei Orçamentária (LOA) de 2025 incluindo a ampliação do programa Vale-Gás e o programa Pé-de-Meia nas despesas primárias e, consequentemente, na meta primária foi uma sinalização positiva para a credibilidade da política fiscal. Por outro lado, a liberação dos saldos inativos de FGTS daqueles que optaram pelo saque-aniversário e a criação de uma nova linha de crédito consignado para todos os trabalhadores com carteira assinada podem reduzir os efeitos da alta de juros sobre a inflação. O projeto de lei (PL) de isenção de Imposto de Renda dos rendimentos mensais até 5 mil reais a partir de 2026 também preocupa. Há dúvidas sobre a capacidade de ser aprovada no Congresso medidas que compensem a perda de arrecadação com essa isenção. O relator dessa PL será o deputado Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e esse tema deve ser debatido e votado no Congresso no 2º semestre.
Em março, o Bacen elevou a Selic em 100 pontos base para 14,25%, em linha com a orientação futura (forward guidance) de dezembro de 2024 e sinalizou elevação em menor magnitude na próxima reunião, em 7 de maio. O tom da comunicação da autoridade monetária via ata e relatório de política monetária indicaram que o plano de voo é de continuidade de alta da Selic, aumentando o risco de extensão do ciclo de alta de juros para além da decisão de maio.
Básico
Suplementar
Solvayprev
FLEX 0
FLEX 15
FLEX 30
FLEX 0
FLEX 15
FLEX 30
FLEX 0
FLEX 15
FLEX 30
0,79%
1,11%
1,46%
0,79%
1,12%
1,46%
0,75%
1,12%
1,46%
2,78%
3,02%
3,27%
2,78%
3,03%
3,30%
2,69%
3,02%
3,23%
9,44%
7,41%
5,62%
9,45%
7,42%
5,65%
9,12%
7,29%
5,29%
23,08%
22,14%
21,10%
23,10%
22,12%
21,23%
22,71%
21,96%
20,58%
CDI
IBOVESPA
IMA-B
IMA-B 5+
INPC
IPCA
0,96%
6,08%
1,84%
2,83%
0,51%
0,56%
2,99%
8,29%
3,45%
3,70%
2,00%
2,04%
11,28%
1,68%
0,75%
-3,80%
5,20%
5,48%
25,02%
27,85%
12,65%
9,08%
8,78%
9,62%
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LYON FIC MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO
KINEA IPCA ABSOLUTO FIC RENDA FIXA
SANTANDER CASH BLUE FI RENDA FIXA REFERENCIADO DI
CAPSTONE MACRO CPCW FIF CIC MULTIMERCADO
VINCI VALOREM FI MULTIMERCADO
ITAÚ INSTITUCIONAL RESP LIMITADA FIF RENDA FIXA REFERENCIADO DI
LEGACY CAPITAL VNC FIC MULTIMERCADO
SPX NIMITZ ESTRUTURADO RESP LIMITADA FIF CIC MULTIMERCADO
ABSOLUTE VERTEX II FIF CIC MULTIMERCADO
GENOA CAPITAL RADAR VNC RESP LIMITADA FIF CIC MULTIMERCADO
VINCI CRÉDITO MULTIESTRATÉGIA FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO
VINCI SELECTION EQUITIES FI AÇÕES
OCEANA SELECTION FIC AÇÕES
ORGANON INSTITUCIONAL FIC AÇÕES
TENAX AÇÕES ALOCADORES FIF CIC AÇÕES
VOKIN GBV ACONCÁGUA 30 FIC AÇÕES
ISHARES IBOVESPA RESP LIMITADA FUNDO DE ÍNDICE - BOVA11
VINCI INTERNACIONAL INVESTIMENTO NO EXTERIOR FIC MULTIMERCADO
TÍTULOS PRIVADOS
TÍTULOS PÚBLICOS
0,86%
0,24%
0,93%
-0,18%
0,64%
0,97%
0,08%
-0,28%
0,14%
-0,80%
1,25%
4,17%
4,85%
3,99%
6,39%
6,68%
6,14%
-4,35%
1,09%
0,57%
2,94%
2,27%
2,96%
2,01%
1,98%
3,05%
0,12%
0,16%
0,74%
0,31%
3,75%
6,02%
7,43%
5,40%
11,08%
6,64%
8,43%
-5,34%
3,05%
2,98%
9,44%
7,73%
10,94%
13,05%
8,04%
11,45%
2,75%
13,49%
7,03%
12,01%
10,48%
-4,23%
-11,73%
-8,94%
-2,66%
-18,23%
2,23%
20,26%
12,34%
6,37%
23,64%
19,74%
24,24%
26,35%
17,75%
26,20%
10,93%
12,85%
24,09%
22,81%
13,53%
18,88%
19,70%
N/A
34,87%
5,95%
28,95%
29,70%
28,69%
14,21%
10.635.260/0001-97
27.599.290/0001-98
10.565.506/0001-00
36.436.870/0001-55
13.396.703/0001-22
00.832.435/0001-00
35.711.402/0001-89
22.345.384/0001-17
23.565.803/0001-99
39.317.006/0001-22
37.099.037/0001-29
15.603.945/0001-75
17.157.131/0001-80
49.984.812/0001-08
45.123.978/0001-89
42.847.942/0001-50
10.406.511/0001-61
19.587.174/0001-20
–
–
N/A = não atribuído
A partir de Janeiro/24
META DE RETORNO FLEX 0: 105% CDI
META DE RETORNO FLEX 15: 120% CDI
META DE RETORNO FLEX 30: 135% CDI
Em março de 2025, foi possível observar um fechamento nas curvas de juros de longo prazo, beneficiando os ativos pré-fixados (IRF-M), indexados à inflação (IMA-B) e a bolsa (Ibovespa), a qual voltou a acumular retorno positivo no acumulado de 12 meses. Esse fechamento foi influenciado principalmente por conta das medidas do governo americano de taxar as outras economias, principalmente China, Canadá e México, o movimento de retaliação (iniciado pela China), deu começo a guerra comercial. Esse movimento prejudicou as expectativas de inflação dos EUA, e gerando discussões sobre recessão, gerando uma preocupação a mais para o FED e tornando os EUA um pouco menos atrativo para investimentos. Esse cenário beneficiou a economia local, com fluxo de investimento estrangeiro positivo, fortalecendo o Real frente ao Dólar.
Nesse contexto, os perfis com maior disposição a risco apresentaram boa performance no mês, puxados pela renda variável, superando suas metas de retornos. Enquanto isso, os perfis Flex’s 0 ficaram abaixo da meta, sendo impactados pelo desempenho das NTN-B’s 2026, que não se beneficiaram do movimento descrito acima, de fechamento nas curvas de longo prazo, por tratarem de vencimentos curtos.
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TÍTULOS PRIVADOS E TÍTULOS
PÚBLICOS COM VOLATILIDADE
MODERADA/BAIXA
DIVERSOS ATIVOS NO
BRASIL E NO MUNDO COM
VOLATILIDADE MODERADA
AÇÕES DE EMPRESAS LISTADAS NA
BOLSA DEVALORES NO BRASIL COM
VOLATILIDADE ELEVADA
DIVERSOS ATIVOS NO EXTERIOR
COM VOLATILIDADE ELEVADA
RENDA FIXA
ESTRUTURADOS
RENDA VARIÁVEL
EXTERIOR
LYON FIC MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO
KINEA IPCA ABSOLUTO FIC RENDA FIXA
VINCI VALOREM FI MULTIMERCADO
ITAÚ INSTITUCIONAL RESP LIMITADA FIF RENDA FIXA REFERENCIADO DI
SANTANDER CASH BLUE FI RENDA FIXA REFERENCIADO DI
TÍTULOS PÚBLICOS
TÍTULOS PRIVADOS
TOTAL NO SEGMENTO DE RENDA FIXA
LEGACY CAPITAL VNC FIC MULTIMERCADO
SPX NIMITZ ESTRUTURADO RESP LIMITADA FIF CIC MULTIMERCADO
ABSOLUTE VERTEX II FIF CIC MULTIMERCADO
CAPSTONE MACRO CPCW FIF CIC MULTIMERCADO
GENOA CAPITAL RADAR VNC RESP LIMITADA FIF CIC MULTIMERCADO
VINCI CRÉDITO MULTIESTRATÉGIA FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO
TOTAL NO SEGMENTO DE ESTRUTURADOS
VINCI SELECTION EQUITIES FI AÇÕES
OCEANA SELECTION FIC AÇÕES
ORGANON INSTITUCIONAL FIC AÇÕES
TENAX AÇÕES ALOCADORES FIF CIC AÇÕES
VOKIN GBV ACONCÁGUA 30 FIC AÇÕES
ISHARES IBOVESPA RESP LIMITADA FUNDO DE ÍNDICE - BOVA11
TOTAL NO SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL
VINCI INTERNACIONAL INVESTIMENTO NO EXTERIOR FIC MULTIMERCADO
TOTAL NO SEGMENTO DE EXTERIOR
37,1%
7,7%
7,7%
21,2%
0,5%
12,5%
12,8%
99,5%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,5%
0,5%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
30,8%
7,8%
7,9%
9,0%
3,4%
11,2%
11,1%
81,2%
1,0%
1,4%
1,0%
1,2%
0,5%
2,3%
7,4%
5,3%
1,1%
1,1%
1,1%
0,9%
1,4%
10,9%
0,4%
0,4%
18,8%
5,9%
6,0%
10,0%
4,1%
8,6%
9,0%
62,4%
2,2%
3,2%
2,1%
3,1%
1,2%
2,4%
14,2%
12,1%
2,2%
2,4%
2,3%
1,8%
1,8%
22,6%
0,8%
0,8%
A partir de Janeiro/23
META DE RETORNO FLEX 0: 105% CDI
META DE RETORNO FLEX 15: 115% CDI
META DE RETORNO FLEX 30: 125% CDI
A partir de Janeiro/24
META DE RETORNO FLEX 0: 105% CDI
META DE RETORNO FLEX 15: 120% CDI
META DE RETORNO FLEX 30: 135% CDI